- O que você achou dele, pai?
- Você quer mesmo saber?
- Claro, se estou perguntando...
- Bom, confesso que de cara a aparência não me agradou. Achei muito fechado, meio austero, enigmático...
- Nossa!...
- Pois é, mas depois eu tentei não deixar o visual impactar minha impressão geral, afinal não se deve julgar o livro pela capa...
- Boa, pai. E aí?
- Analisando muito friamente, eu o achei honesto, corpo médio, persistente, meio provocativo às vezes, mas contido, sem exageros. O que mais me chamou a atenção foi o aftertaste.
- “Aftertaste”?
- Sim, porque muitas vezes no começo parece agradável, mas no dia seguinte fica aquele gosto ruim na boca, uma dorzinha de cabeça... mas neste caso, o aftertaste foi ótimo: o jantar terminou há duas horas mas eu ainda sinto os taninos...
- “Taninos”, pai? Do que você esta falando? Eu perguntei o que você achou do Praxedes, meu namorado!
- Ah, o Praxedes... bem, o rapaz me pareceu honesto e persistente... também...
7 comentários:
excelente.
Legal você assumir o namoro com o Praxedes, closet no more!
lavi, vc nao percebeu q foi o meu eu-lirico q estava descrito no texto? santa ignorancia... rsrs
Praxedes????? HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!!!!!!!!
duda, eu usei Praxedes porque achei que Pederneiras seria forçado... ufa!
Esse seu eu-lírico anda muito revelador
eu vou reclamar com o Praxedes...
Postar um comentário